Vacinação Covid-19 arranca na GNR. Forças e serviços de segurança preparam-se para a convocatória
12-01-2021 - 17:44
 • Celso Paiva Sol

Os únicos que conhecem as datas de vacinação são os 244 militares da GNR colocados nos serviços clínicos da instituição, que começaram a ser vacinados esta terça-feira.

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Sabem que fazem parte da primeira fase de vacinação, mas ainda não sabem quando irá começar. Enquanto esperam pelas indicações das autoridades de saúde, as forças de segurança estão a fazer o respetivo levantamento interno de quem quer ser vacinado e que prioridades serão estabelecidas.

Os únicos "polícias" que conhecem as datas de vacinação são os 244 militares da GNR colocados nos serviços clínicos da instituição.

Neste grupo estão médicos, enfermeiros e restante pessoal técnico e de apoio, que trabalham não só no Centro Clínico da GNR em Lisboa (184), como nas seções sanitárias de todas as Unidades e Comandos Territoriais do país (60).

Durante três dias, entre hoje e quinta-feira, todos irão receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nas instalações do próprio Centro Clínico, nas Janelas Verdes em Lisboa.

De resto, ainda não há data para o início de nenhum outro processo.

PSP e GNR a fazer contas a mais de 40 mil efetivos

As duas forças estão a preparar-se de forma muito idêntica. Ambas abriram nos respetivos portais sociais uma página dedicada especificamente ao processo de vacinação.

Cada elemento é convidado a responder a um pequeno formulário, onde se pergunta se quer ser vacinado, se já foi infetado com Covid-19, e se tem alguma patologia que o coloque num grupo de risco.

Com estes dados, as duas forças - cada uma delas com mais de 20 mil efetivos - irão definir as prioridades internas, mas sobretudo saber de quantas vacinas precisam, e em que zonas do país.

Estes levantamentos internos deverão estar concluídos até ao final deste mês, prontos para responder no dia em que as forças de segurança forem chamadas à vacinação, o que pode acontecer algures entre fevereiro e abril.

Judiciária e SEF com outra abordagem

As direções nacionais da Polícia Judiciária (PJ) e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) optaram por outro método.

Com quadros de pessoal bastante mais reduzidos (2.300 pessoas na PJ e 1.800 no SEF), estão a fazer este levantamento de dados em cada uma das unidades que têm espalhadas pelo país, através de contactos diretos das chefias.

As questões colocadas a todos os funcionários, sejam inspetores ou administrativos, são basicamente as mesmas, a começar pela vontade de cada um em ser vacinado - uma opção individual que vai determinar o número de vacinas que cada um dos serviços vai receber,

Também nestes casos, a recolha dos dados deverá estar concluída até ao final de janeiro, restando apenas aos dois serviços aguardarem pelo contacto das autoridades de saúde, para que o processo de inicie.

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