Generais israelitas criticam Netanyahu por não ter uma estratégia coerente para a guerra e para o futuro de Gaza. Benny Gantz, principal rival político de Netanyahu, ameaçou sair do gabinete de guerra se até 8 deste mês não mudar a política de Israel quanto à guerra e a Gaza. Estas são informações avançadas pelo semanário The Economist.
Sabe-se que a popularidade de Netanyahu está muito em baixo em Israel. Mas o chefe do governo israelita não larga o poder nem abdica de orientar a guerra de Israel em Gaza, porque se tal acontecesse seria o fim da sua carreira política. Daí que não seja de prever que Netanyahu se demita nos próximos tempos.
Entretanto aumenta o número de países que reconhecem o Estado Palestiniano. Fala-se menos do principal obstáculo que impede a solução dos dois Estados - o facto de Israel se opor a esta solução. Oposição que data, pelo menos, desde o assassinato de Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel, em 4 de novembro de 1995.
De facto, a expansão de colonatos judeus na Cisjordânia impede, na prática, que na maior parte desse território a Autoridade Palestiniana tenha qualquer poder. Em 1972 viviam na Cisjordânia 1200 judeus; hoje vivem mais de 400 mil, como lembra Nuno Severiano Teixeira no Público.
Os colonos judeus na Cisjordânia, fortemente armados, não se coíbem de matar palestinianos, sob pretexto de defenderem a segurança de Israel. De pouco serve reconhecer diplomaticamente o Estado Palestiniano se Israel continua a inviabilizar a emergência de um tal Estado.