António Costa e Pedro Passos Coelho vão explicar aos deputados a intervenção no Banif alvo de resolução no final de 2015 com a venda da parte “boa” ao Santander Totta por 150 milhões de euros. As audições do actual e anterior primeiros-ministros foram aprovadas esta quarta-feira.
Também aprovada foi a audição do ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso. O PSD não compreende este pedido, argumentando que a resolução do Banif foi feita já durante o mandato de Jean-Claude Juncker à frente do executivo comunitário.
O PSD decidiu chamar António Costa, depois de o PCP ter pedido uma audição a Pedro Passos Coelho.
O coordenador do PSD na comissão, Carlos Abreu Amorim, garantiu que não ia colocar obstáculos à ida de Passos Coelho, mas queria também a audição do actual primeiro-ministro. O que se confirmou.
"Entendemos que o nível de responsabilidade política estava perfeitamente coberto com a vinda dos antigos ministros das Finanças e do actual. Se querem subir o patamar da responsabilidade política para o nível do primeiro-ministro, nós entendemos que há um primeiro-ministro que corporizou uma decisão que é a resolução do Banif, que tem tido várias versões contraditórias entre si, não apenas do ponto de vista factual, mas também do ponto de vista substancial e entendemos que não faz nenhum sentido ouvir o dr. Pedro Passos Coelho sem ouvir o dr. António Costa”, disse Carlos Abreu Amorim.