O chefe de Estado afirmou esta terça-feira à noite que "o fundamental é apelar à solidez e à estabilização da banca", depois de ter sido noticiada a falência técnica da Associação Mutualista Montepio Geral, que tem como subsidiária uma empresa bancária.
"O fundamental, agora, é apelar à solidez da banca, à consolidação da banca, à estabilização da banca. [Isso] está a ser feito por pequenos passos", disse Marcelo Rebelo de Sousa, aos jornalistas, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, quando confrontado com o tema do Montepio Geral.
"Houve um momento em que se tratou de definir o capital, a estrutura de capital e a liderança de dois bancos privados, houve a resolução da situação da Caixa Geral de Depósitos, que está a singrar, está próximo do seu termo o processo de venda do Novo Banco (...), haverá a questão da supervisão. Depois, há outras pequenas questões que vão sendo resolvidas (...), de tal forma que os portugueses possam acreditar na banca", assinalou.
Marcelo Rebelo de Sousa vestiu, no Hospital de Santa Maria, a camisola de voluntário, numa actividade de leitura de histórias, ao deitar, a crianças internadas, a convite da Associação Nuvem Vitória.
O jornal "Público" noticiou na terça-feira que, no final de 2015, a Associação Mutualista Montepio Geral tinha 107 milhões de euros de capitais próprios negativos, ou seja, o passivo (o que deve) é superior ao activo (o que possui), o que se designa por falência técnica em contabilidade.
Segundo o jornal, o cenário pressiona a Caixa Económica Montepio Geral (principal empresa subsidiária da Associação Montepio e que desenvolve actividade bancária) que necessita de repor capital.
Reagindo à notícia, o presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, António Tomás Correia, assegurou, em conferência de imprensa, que não há risco de falência da entidade e que a mesma tem recursos para fazer face às responsabilidades perante os seus associados.