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Entre 1 de janeiro e 30 de abril, foram realizadas cerca de menos 15% de cirurgias oncológicas, comparativamente ao período homólogo de 2020. Contudo, o número de cirurgias de alta prioridade aumentou.
"Temos cerca de menos 2.500 doentes operados, o que corresponde a cerca de menos 15%. Esta redução foi, essencialmente, à custa de cirurgia com prioridade normal, o que corresponde a, mais ou menos, menos 25%. Na cirurgia muito prioritária, houve um aumento de 7%. Nesta área, realizam-se à volta de 4.000 cirurgias por mês. A radioterapia reduziu, também, cerca de 10%, mas, ainda assim, foi uma redução inferior em relação a outras áreas de diagnóstico e terapêutica", esclareceu António Lacerda Sales, na conferência de imprensa sobre a situação pandémica em Portugal.
O secretário de Estado aproveitou, ainda, para, "dada a importância e prioridade" que a área em causa tem, lembrar aos doentes oncológicos que "não há que ter medo nem receio" de marcar cirurgias.
"Os circuitos e fluxos estão perfeitamente diferenciados e as condições de segurança são muito boas. Às vezes, são bem piores as consequências de uma cirurgia que não se realiza que a questão, neste momento, da Covid-19. Recorram, porque o Serviço Nacional de Saúde está preparado para acolhê-los e operá-los", apelou o governante.
Lacerda Sales reforçou que, na retoma da atividade assistencial programada, "houve preocupação acrescida em relação à oncologia": "Essas marcações terão de ser feitas o mais rapidamente possível e nós continuaremos a insistir para que tal venha a acontecer."
De acordo com o balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quarta-feira, morreram 1.175 por Covid-19 em Portugal, das 28.132 oficialmente infetadas. Já foram dados como recuperados 3.182 pacientes.