O primeiro-ministro, António Costa, admite a possibilidade de contabilizar os nove anos em que os professores tiveram as carreiras congeladas para efeitos de progressão, mas essa possibilidade não acontecerá no próximo ano.
Em declarações em Gotemburgo, à margem da Cimeira Social da União Europeia, António Costa mostrou esta sexta-feira abertura para discutir, mas reitera que o Orçamento do Estado para 2018 não dispõe de margem orçamental para responder às exigências dos sindicatos.
“Os professores são a categoria profissional onde há, em número absoluto, mais pessoas a poder progredir na carreira e, em termos percentuais, dos que mais progridem. São 46 mil professores que vão já poder progredir na sua carreira em 2018. O Orçamento do Estado devolve uma coisa fundamental, que é o direito à carreira por parte de todos os funcionários”, declarou o primeiro-ministro.
“Outro ponto distinto é a discussão que foi agora aberta sobre o que acontece ao período de tempo em que o cronómetro esteve parado. Essa discussão é nova, muito difícil pelo seu impacto financeiro, pela repercussão que tem noutras carreiras. Portanto, requer tempo e discussão, o que não é compatível com este Orçamento do Estado para 2018, nem há condições financeiras em 2018 para lhe dar resposta”, sublinhou.
Nestas declarações na Suécia, o chefe do Governo voltou a manifestar optimismo quanto à vitória da candidatura do Porto para a relocalização da Agência Europeia do Medicamento.
Noutro plano, António Costa deixou também a garantia de que não foi debatida a questão da presidência do Eurogrupo, numa altura em que a eventual candidatura de Mário Centeno vai somando apoios.