A partir de Florença, em Itália, onde decorre a reunião "Mediterrâneo, Fronteira da Paz", o presidente do Conselho de Conferências De Bispos Europeus (CCEE), condena a invasão da Rússia e faz um apelo sincero pela paz na Ucrânia.
“As Igrejas da Europa condenam veementemente o que aconteceu ontem à noite na Ucrânia: devemos agir juntos e com determinação de pôr” um fim imediato à agressão russa e fazer todo o possível para proteger mulheres, homens e crianças inocentes”, lê-se no comunicado enviado à Renascença.
“Em nome de Deus, parem agora”, suplicam os bispos.
D. Gintaras Grušas, arcebispo de Vilnius e presidente do Conselho de Conferências Europeias de Bispos, considera que “a comunidade internacional, e em particular a União Europeia” devem utilizar todos os meios para fazerem parar o conflito.
“As armas devem dar lugar ao diálogo e às negociações, para que o direito internacional, a independência e a soberania territorial da Ucrânia sejam defendidas”, acrescenta.
O presidente do CCEE defende que é urgente “acabar com uma guerra que da Ucrânia inevitavelmente se espalharia para estados vizinhos e se tornaria uma ameaça para toda a Europa”.
Os bispos europeus e as comunidades cristãs rezam pelas vítimas deste conflito e pelas suas famílias e fazem-se próximos daqueles que sofrem com os atos de violência.
Os bispos unem-se ao convite do Papa Francisco, que pede oração e jejum pela paz: "Que a Rainha da Paz preserve o mundo da loucura da guerra”, conclui o documento.
O Papa alertou esta quarta-feira para o agravamento no conflito na Ucrânia e convocou uma jornada mundial de jejum pela paz, a 2 de março.
Francisco vai visitar este domingo a cidade italiana de Florença, para um encontro dedicado ao Mediterrâneo que inclui intervenções dos presidentes dos municípios de Atenas, Istambul e Jerusalém.