O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou que os insultos racistas ocorridos no jogo entre Hungria e Inglaterra, de qualificação para o Mundial 2022 de futebol, são "completamente inaceitáveis" e pediu a intervenção da FIFA.
“É completamente inaceitável que os jogadores de Inglaterra tenham sofrido insultos racistas na Hungria. Peço à FIFA que tome fortes medidas contra os responsáveis para que este tipo de comportamentos vergonhosos sejam erradicados do desporto para sempre”, escreveu Boris Johnson, na sua conta oficial da rede social TwitterNa quinta-feira, em Budapeste, num encontro que os ingleses venceram por 4-0, alguns adeptos fizeram sons de macacos, ainda durante o aquecimento, na direção de Raheem Sterling e Jude Bellingham e depois o mesmo ocorreu durante o jogo. O público atirou ainda copos de plástico para o relvado, na altura dos golos ingleses.
Tal como Boris Johnson, a Federação Inglesa de Futebol (FA) solicitou à FIFA que investigue os incidentes ocorridos na capital húngara.
“É muito dececionante ouvir relatos de ações discriminatórias contra alguns dos nossos jogadores. Pediremos à FIFA que investigue o que aconteceu. Continuamos a apoiar os jogadores e funcionários no combate contra a discriminação em todas as suas formas”, frisou a FA, em comunicado.
Em junho, durante a fase final do Euro 2020, a Hungria, que fez dois jogos em Budapeste, contra Portugal e França, foi punida pela UEFA devido a cânticos homofóbicos e racistas.
FIFA vai investigar e garante "medidas adequadas"
"A FIFA rejeita fortemente todas as formas de racismo e violência e tem tolerância zero para tais comportamentos no futebol", refere o organismo que tutela o futebol mundial em comunicado.
O organismo acrescenta ainda que vai tomar medidas: "A FIFA vai tomar as medidas adequadas assim que recebe os relatórios do jogo de quinta-feira entre a Hungria e a Inglaterra".