A ministra da Defesa garante que o navio “Mondego” está em condições de cumprir funções, sublinhado que há averiguações em curso sobre o "problema técnico" que obrigou à paragem da embarcação.
A Marinha fala em erro humano para justificar o que aconteceu ao navio de patrulha oceânica, quando sofreu um total apagão no início do mês, a ministra Helena Carreiras tem outra resposta.
“As questões que surgiram têm a ver com questões técnicas, o Sr. almirante [Gouveia e Melo], chefe de Estado Maior da Armada, a Marinha portuguesa e a Autoridade Marítima Nacional já têm relatado os acontecimentos e há um processo de averiguação neste momento para percebermos o que aconteceu exatamente, o que explicou o problema técnico relativamente à paragem do navio”, afirma Helena Carreiras.
A ministra garante que o navio Mondego “está em condições de cumprir as suas missões” e acaba de realizar uma ação nas ilhas Selvagens, de vários dias no mar.
A ministra da Defesa falava aos jornalistas à margem da cerimónia de partida de dois navios da Marinha, no âmbito da missão Mar Aberto de patrulha e diplomacia em águas junto ao continente africano.
A bordo do “NRP Setúbal” e do “NRP Centauro” seguem 81 militares, que largaram este sábado da Base do Alfeite.
O navio "Mondego" esteve envolvido em polémica depois de, em março, 13 tripulantes rejeitarem participar numa missão de acompanhamento de um navio russo, ao largo da Madeira, alegando falta de condições de segurança. Os militares foram alvo de processos disciplinares.
Semanas depois, o navio da Marinha teve de ser rebocado, pouco depois de ter iniciado uma viagem rumo às Selvagens. O problema que impediu o "MRP Mondego" de realizar uma missão deveu-se a "baixos níveis de combustível", revelou a Marinha, em comunicado.
Dias depois, o chefe de Estado-Maior da Armada, o almirante Gouveia e Melo, afirmou que o último incidente com o navio "Mondego", que teve de abortar a missão nas Ilhas Selvagens, teve origem "num erro humano" que a Marinha está a investigar.