O socialista Álvaro Beleza garante que o PS não vai inviabilizar um governo da Aliança Democrática, mesmo que fique com mais deputados depois de contabilizados os votos da emigração.
Em declarações à Renascença, o antigo presidente da Sedes sublinha que “há uma maioria larga do lado direito” dos portugueses e que – “mesmo que haja uma alteração, o que é logicamente improvável”, – o PS é um partido “que tanto serve na oposição, como no Governo” e que, por isso, vai ser “uma oposição responsável”.
Sobre a reunião pedida pelo Bloco de Esquerda ao PS, PCP, Livre e PAN, Álvaro Beleza considera normal que os socialistas dialoguem à esquerda e, tal como uma fonte do Secretariado Nacional do PS já tinha avançado à Renascença, garante que também o farão com o PSD em temas estruturais ao longo da próxima legislatura.
“O PS é um partido que dialoga à sua esquerda, naturalmente com os partidos à sua esquerda, e dialoga com o PSD, nomeadamente em questões que tem a ver com o nosso regime, com a nossa República sobre soberania, justiça, reformas eleitorais, defesa e segurança. São questões estruturais da República e Portugal está acima das questões partidárias”, explica.
Ainda nas questões partidárias, e quanto à moção de rejeição ao governo da AD anunciada hoje pelo PCP, Álvaro Beleza reforça que o PS já deixou a sua posição bem clara
"Quem lidera a oposição em Portugal é o PS e não o PCP. Aliás, o PS lidera a esquerda há 50 anos em Portugal. O PS já disse pela voz do seu líder o que é que vai fazer. O PS pensa no país antes de pensar no partido e, portanto, não será pelo PS que não se viabilizará o governo”, defende.
O socialista diz ainda ser “precipitado” prever a decisão do PS, caso a AD apresente um orçamento retificativo. Álvaro Beleza sublinha que “o governo minoritário ainda nem tomou posse e só depois de a AD ser governo é que o Partido Socialista toma as suas posições”.
[Notícia atualizada às 20h22]