OE 2016 aprovado. O que precisa de saber
23-02-2016 - 19:26

Histórico. A esquerda uniu-se e aprovou um Orçamento, em conjunto, pela primeira vez. Costa atirou-se a Passos, a direita atacou o primeiro-ministro. E houve anúncios. Mas as famílias portuguesas ganham ou perdem com este orçamento?

A Assembleia da República aprovou esta terça-feira na generalidade a proposta de Orçamento do Estado para 2016, com votos favoráveis de PS, BE, PCP e Verdes, a abstenção do PAN e votos contra de PSD e CDS-PP. Com idêntica votação, foram também aprovadas as Grandes Opções do Plano.

Na votação do Orçamento, todas as forças políticas da esquerda se levantaram e aplaudiram a "luz verde" dada pelo Parlamento ao documento.

A aprovação na generalidade – a que se seguirá nos próximos dias o aprofundamento na especialidade em sede de comissão do Orçamento – surge no final de dois dias de um debate parlamentar que se prolongou no total por mais de 12 horas, repartidas entre a tarde de segunda-feira e toda a terça-feira.

O Orçamento será agora analisado e discutido pelos deputados na especialidade, com debates marcados para 10, 14 e 15 de Março e a sua votação final global a 16 de Março.

O QUE PRECISA DE SABER

A esquerda uniu-se na defesa do OE

Sem surpresas, a direita criticou o OE

  • Pedro Passos Coelho, líder do PSD, classificou o orçamento como um híbrido "socialista, bloquista, comunista e verde". Com um bónus, negativo para o país, no entender do ex-primeiro-ministro: "É provisório". "Este orçamento é mau e um presente envenenado para o país", disse o ex-primeiro-ministro.
  • Assunção Cristas, a candidata que já fala como líder do PP, afirmou que o orçamento lembra “crianças num recreio”.

Costa atirou-se a Passos

  • Um dos momentos mais quentes do debate foi quando o primeiro-ministro acusou Passos Coelho de ter defendido que a Comissão Europeia chumbasse o OE2016. O "momento "mais triste" desde a apresentação do esboço orçamental a Bruxelas, considerou, "foi ver o líder do PSD no Parlamento Europeu levantar a sua voz, não para defender Portugal, não para defender as empresas portuguesas, não para defender os portugueses, mas para defender que a Comissão Europeia chumbasse o orçamento de Portugal".

Mas as famílias portuguesas ganham ou perdem com este orçamento?

Houve anúncios...

... e novos capítulos de velhos temas

Ecos de Bruxelas