A presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central respondeu esta sexta-feira à ação em tribunal de mais de 180 enfermeiros, através da qual exigem o reposicionamento remuneratório, afirmando estar à espera de "orientações superiores" para fazer "as atualizações".
Em declarações aos jornalistas, à margem de uma reunião na Maternidade Alfredo da Costa, com a líder do CDS-PP, Ana Escoval afirmou que o Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central vai "cumprir a lei" quanto às reivindicações feitas pelos enfermeiros.
Após a publicação da lei sobre a reposição, o Centro Hospitalar deu "de imediato" orientações para serem feitos os processamentos, recordou.
"Naquilo que era menos claro por parte da legislação ou que levantava algumas dúvidas solicitámos orientações superiores. Logo que as orientações superiores nos sejam dadas faremos aquilo que superiormente nos seja indicado para as atualizações, de acordo com a lei", afirmou.
Para Ana Escoval, o objetivo é "sempre, sempre cumprir a lei" e "sempre promovendo aquilo que seja o melhor possível para os profissionais".
"Porque sabemos que eles têm direito a ser por nós também acarinhados", disse.
Mais de 180 enfermeiros do Centro Hospitalar Lisboa Central avançaram com uma ação conjunta em tribunal para exigir o reposicionamento remuneratório e ver reconhecidos todos os anos de trabalho desde a última progressão na carreira, há dez anos.
Segundo a ação, a que a agência Lusa teve acesso, os enfermeiros do Centro Hospitalar Lisboa Central, que integra hospitais como o São José ou a Maternidade Alfredo da Costa, pretendem “ver reconhecido o direito a que sejam tidos em conta todos os anos de exercício de funções desde a última progressão na carreira” e querem ver terminado o processo de reposicionamento remuneratório.
O réu desta ação é o Centro Hospitalar Lisboa Central.
Grande parte destes enfermeiros do Centro Hospitalar mantêm-se até hoje na primeira posição remuneratória da categoria de enfermeiro e, por isso, a receber a mínima remuneração possível.
A última vez que estes profissionais tiveram uma promoção na carreira foi há dez ou mais anos, indica a ação.
Os enfermeiros “consideram estarem criadas condições para verem ser contabilizados todos os anos de exercício de funções para efeitos de reposicionamento remuneratório”.
Na ação entregue no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, os enfermeiros recordam que existem “vários hospitais do Serviço Nacional de Saúde” que já terminaram o processo de reposicionamento remuneratório e reconheceram aos profissionais a atribuição de 1,5 pontos por cada ano entre 2011 e 2014.