A Rússia pode invadir a Ucrânia “nos próximos dias”, declarou esta quinta-feira o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
O chefe de Estado norte-americano diz que há “todas as indicações” de que forças russas estão a preparar-se para atacar território ucraniano.
Em declarações aos jornalistas na Casa Branca, Joe Biden afirmou que, apesar das garantias de Vladimir Putin, a possibilidade de a Rússia invadir a Ucrânia “é muito elevada”.
O alerta dos Estados Unidos acontece depois de separatistas da autoproclamada República Popular de Lugansk, apoiados pela Rússia, acusarem as forças ucranianas de usarem morteiros, lança-granadas e uma metralhadora em quatro incidentes separados, nas últimas 24 horas.
Em comunicado, os separatistas acusam as forças armadas da Ucrânia de terem violado grosseiramente o regime de cessar-fogo.
Os militares da Ucrânia já vieram negar as acusações, afirmando que foram os rebeldes que bombardearam os militares ucranianos.
A Rússia anunciou esta semana a retirada de tropas da Crimeia, mas a NATO diz que Moscovo está a reforçar a sua presença militar noutros pontos da fronteira com a Ucrânia.
Os Estados Unidos também acusaram a Rússia de ter aumentado o contingente militar na fronteira com a Ucrânia em sete mil tropas nos últimos dias.
"De facto, confirmámos agora que, nos últimos dias, a Rússia aumentou a sua presença ao longo da fronteira ucraniana em sete mil tropas, algumas das quais chegaram hoje [quarta-feira]", afirmou um alto responsável da administração norte-americana, sob a condição de não ser identificado, citado pelas agências de notícias Associated Press e France-Presse.