O primeiro-ministro, António Costa, disse numa entrevista publicada este sábado no semanário Expresso que o PSD se deve libertar do "casulo em que ficou fechado" para que possa regressar "à vida democrática no presente".
Questionado se teme que o Presidente da República eleito a 24 de Janeiro o tente empurrar para entendimentos com os sociais-democratas, António Costa respondeu que entendeu as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, nomeadamente no seu apelo a consensos, como "um convite a que o PSD se liberte do casulo em que ficou fechado e possa regressar à vida democrática no presente, convivendo com os demais partidos".
António Costa considerou ainda que "é normal nas democracias que o debate parlamentar e a construção das soluções envolva os diferentes agentes políticos, umas vezes concordando, outras não".
"Há matérias que, pela sua natureza, convidam a consensos políticos mais amplos e acho que seria uma pena se o PSD continuasse fechado naquele casulo perdido no passado e não regressasse ao tempo presente", sublinhou.
Ainda relativamente a futuros entendimentos com o PSD, António Costa acrescentou: "numa democracia o compromisso e o diálogo político são importantes e não queremos nem pretendemos excluir ninguém desse diálogo".
Sobre como antevê o seu relacionamento com o novo Presidente da República, António Costa disse que sempre teve uma relação pessoal excelente com Marcelo Rebelo de Sousa.
"Tenho a certeza de que vamos manter um bom nível de relacionamento institucional", afirmou o primeiro-ministro.