Chuva forte e cheias provocaram 83 desalojados
14-12-2022 - 12:38
 • Olímpia Mairos

Concelho do Seixal registou 34 do total de pessoas que ficaram sem habitação por causa da forte precipitação.

A Proteção Civil indicou esta quarta-feira, no balanço sobre as consequências do mau tempo, que 83 pessoas ficaram desalojadas na sequência das fortes chuvas de terça-feira.

Num briefing na sua sede, no concelho de Oeiras, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indicou que o concelho de Seixal, no distrito de Setúbal, registou 34 desses desalojados, destacando-se ainda os concelhos de Coruche (Santarém) e Loures (Lisboa).

O comandante nacional da ANEPC, André Fernandes, referiu ainda que o “episódio de precipitação intensa” sentido já esta manhã causou uma “inundação urbana” em Setúbal, onde estão “operações a decorrer”, sendo que “não há registo de vítimas”.

Proteção Civil pede "vigilância"

Na mesma conferência de imprensa, a Proteção Civil apelou à vigilância devido à chuva forte e à possibilidade de trovoadas esta quarta-feira.

“Mantemos esta monitorização e apelamos à população que mantenha também essa monitorização e esteja atenta àquilo que são as comunicações”, disse o comandante nacional da ANEPC, André Fernandes.

Para hoje espera-se chuva, trovoada e agitação marítima, com as previsões a apontarem para “um ligeiro agravamento” das condições meteorológicas, com chuva forte.

Segundo André Fernandes, mantêm-se ativos cinco Planos Municipais de Emergência (quatro em Portalegre e um em Santarém). Ativos com alerta amarelo permanecem também os Planos Especiais de Emergência para Cheias nas bacias dos rios Douro e Tejo.

Questionado sobre a possibilidade de cheias, o comandante nacional disse que é preciso ter em atenção as escorrências e os caudais dos rios.

“Mantemos esta vigilância, até porque a precipitação que caiu nos últimos dias e esta carga de água que existe nos solos, também vai criar, e já está a criar, aquilo que são as instabilidades nas vertentes e temos verificado imensos movimentos de massa invertente, é uma situação que agora carece de recuperação, carece de validação”, disse André Fernandes.

[atualizado às 13h]