Com o mote ‘O Amor que Transforma’, a rede nacional da Cáritas prepara-se para assinalar mais uma Semana Nacional. Vai decorrer de 5 a 12 de março, como habitualmente em plena Quaresma, e inclui uma série de iniciativas que visam dar visibilidade à ação da instituição “no apoio direto às pessoas que, por alguma razão, precisam de ajuda”.
Por todo o país, serão várias as atividades de reflexão e animação pastoral, mas o destaque estará, uma vez mais, no peditório nacional público, que constitui um importante momento de angariação de fundos, ainda mais no atual contexto em que “o aumento do custo de vida e a sucessiva sobreposição de crises sociais” desafiam a capacidade de resposta da Cáritas”.
“Nestes dias (do peditório) uma verdadeira onda de voluntários e amigos da rede Cáritas espalha-se por todo o país apelando ao contributo de todos os portugueses como forma de expressarem a sua solidariedade”, e “seja na rua ou em formato online, todos podem ajudar a reforçar a ação da Cáritas no combate à pobreza e exclusão social”, sublinha o comunicado enviado à Renascença.
A instituição confirma que “o desemprego, baixos rendimentos e reformas insuficientes são as principais causas que levam a solicitar apoio à rede Cáritas” e “as despesas relacionadas com a habitação (rendas, eletricidade, água e gás) e despesas relacionadas com a saúde são os motivos de maior fragilidade das famílias em Portugal”.
Ao todo, a rede Cáritas apoia anualmente cerca de 120 mil pessoas “em atendimento social”, através das Cáritas Diocesanas e dos “muitos grupos paroquiais” espalhados por todo o país, mas tem dois programas específicos a que é preciso dar continuidade: o ‘Inverter a Curva da Pobreza’ e o ‘Prioridade às Crianças”, que têm permitido dar resposta a “situações especificas que implicam, nomeadamente, a atribuição de vales de alimentos e bens essenciais e o pagamento de despesas urgentes relacionadas com a habitação, saúde e educação, por exemplo.
No seu conjunto, em 2022, estes dois programas apoiaram mais de 7.500 pessoas e cerca de 150 crianças”, indica o comunicado.
A instituição lembra que desenvolve atividades e projetos “com vista ao bem-estar e integração das pessoas com multifragilidades”, e que as principais áreas de intervenção a nível nacional são: “inserção social e empregabilidade; resposta a necessidades básicas; pagamento de despesas de emergência; acompanhamento a vítimas e pessoas vulneráveis; integração de migrantes e refugiados”.
“Estamos empenhados em dar esperança, promovendo a proximidade e a dignidade de todos aqueles a quem servimos. Esta é a nossa missão e a força da nossa identidade que não nos permite desistir. Para isto, trabalham todos os dias os muitos voluntários, colaboradores e dirigentes e este é também o momento de celebrar esse seu empenho e de agradecer”, afirma Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa, que agradece quem apoia a instituição “através das suas doações”.
“Transformar em amor aquilo que nos condiciona é uma das principais forças da rede Cáritas. Por isso a nossa campanha deste ano reforça a importância do apoio ao nosso trabalho através do peditório nacional público”, refere ainda, deixando o convite a que todos tenham um “gesto concreto de solidariedade”.