O centro da Europa foi assolado por chuvas torrenciais que provocaram cheias, deslizamentos de terras, cortes de energia e a destruição de dezenas de habitações. Pelo menos 150 pessoas morreram e mais de mil permanecem desaparecidas, na Alemanha, Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos.
De acordo com as autoridades locais, o número de vítimas mortais deverá aumentar nas próximas horas. Só na Alemanha morreram 133 pessoas, naquela que é já a maior tragédia natural no país, nos últimos anos.
“Em algumas áreas, não víamos tanta chuva há 100 anos”, adiantou o meteorologista alemão, Andreas Friedrich, em declarações à CNN. O distrito de Ahrweiler, a sul de Colónia, é um dos mais afectados pela tragédia. As redes de telemóveis entraram em colapso em algumas das regiões, aumentando as dificuldades de reencontro de famílias e amigos.
Já na Bélgica registam-se 23 mortes e quatro desaparecidos. O país decretou um dia de luto nacional pelas vítimas das cheias e pediu assistência à União Europeia, através do Mecanismo Europeu de Protecção Civil.
Em resposta ao pedido belga, a França já enviou barcos e helicópteros, com operacionais para apoiarem no terreno.
O rasto de destruição dificulta as operações de busca, numa altura em que mais de mil soldados foram mobilizados para apoiar o resgate.
O Governo português disse, ao final da tarde de sexta-feira, que não tem conhecimento de qualquer português entre as vítimas.