O secretário-geral da ONU, António Guterres, regressou a Sharm El-Sheik, no Egito, para o final da COP27 para tentar ajudar a um acordo na Conferência sobre o Clima.
A 24 horas do fecho da conferência, António Guterres diz que há uma quebra de confiança entre Norte e Sul e entre países mais e menos desenvolvidos.
“Estamos num ponto crucial das negociações. Está previsto que a COP27 feche nas próximas 24 horas e as partes permanecem significativamente divididas numa série de questões, declarou o secretário-geral das Nações Unidas.
“Houve claramente uma quebra de confiança no Norte e no Sul e entre as economias desenvolvidas e emergentes. Mas não é hora de apontar o dedo. O jogo das culpas é uma receita para uma destruição mútua garantida”, disse António Guterres.
O antigo primeiro-ministro português apela a todos para que “estejam ao nível que o momento exige face ao maior desafio que a Humanidade está a enfrentar”.
A Cimeira deverá terminar na sexta-feira mas, numa conferência de imprensa realizada esta quinta-feira à tarde, o presidente da COP27 revelou que há “divergências persistentes” em todas as áreas centrais ligadas às alterações climáticas .
O egípcio Sameh Shoukry apelou a todos os países para que façam um esforço adicional para conseguir resultados no Egipto.
Em jogo na Conferência do Clima estão três grandes áreas:
- Um acordo de compensação sobre perdas e danos causados pelas alterações climáticas;
- Metas de redução de emissões atualizadas, com cortes capazes de conter a subida da temperatura média global a 1,5 graus face ao período pré-industrial;
- Transferência de 100 mil milhões de dólares anuais em financiamento dos países ricos para os países em desenvolvimento e duplicação das verbas destinadas a projetos de adaptação às alterações climáticas.