A capital francesa volta a ser palco de confrontos entre polícia e manifestantes com coletes amarelos. O protesto contra o aumento dos combustíveis e o elevado custo de vida decorre perto dos Campos Elísios.
É o terceiro dia de ação nacional e já provocaram incidentes, levando a polícia a usar gás lacrimogéneo e canhões de água para dispersar os manifestantes.
Pelo menos 60 pessoas já terão sido detidas e o número está a aumentar. Duas pessoas foram presas por transportar armas proibidas.
Por volta das 9h00 (8h00 em Lisboa), por exemplo, os “coletes amarelos” tentaram forçar um posto de controlo na praça da Estrela.
Segundo a polícia, estão cerca de 1.500 manifestantes nas ruas de Paris, para onde foram mobilizados cinco mil agentes policiais. No total do país, e porque também há protestos noutras cidades francesas, há dez mil polícias destacados.
Desde as 6h00 (menos uma em Lisboa) que a avenida parisiense dos Campos Elísios está fechada ao tráfego e sujeita a uma vigilância policial apertada para evitar grandes aglomerações de pessoas.
Depois de serem dispersos da praça do Arco do Triunfo, que ainda estava aberta ao tráfego, os manifestantes, alguns encapuzados e mascarados, recuaram para as avenidas adjacentes, indica um jornalista da agência France Press.
Numa delas, a avenida Mac-Mahon, latões de lixo foram derrubados e incendiados, provocando um pequeno incêndio no meio da estrada.
O porta-voz do Governo já veio dizer que o executivo de Emmanuel Macron está aberto ao diálogo, mas lembra será só com quem não tiver interesses políticos nesta luta.
O movimento de “coletes amarelos” nasceu espontaneamente num sinal de protesto contra a taxação de combustíveis em França.
As ações de contestação estão a causar grande embaraço ao Governo francês, tendo corrido mundo as imagens de confrontos entre manifestantes vestindo coletes amarelos e a polícia, no passado sábado, na emblemática avenida dos Campos Elísios.
Na sexta-feira, manifestações inspiradas nos “coletes amarelos” franceses chegara, a Bruxelas, na Bélgica. Os manifestantes destruíram dois carros da polícia e lançaram projéteis contra s autoridades belgas, que responderam com gás lacrimogéneo e canhões de água.