O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) recusou hoje a proposta do Ministério da Educação de serviços mínimos que permitam ter as escolas abertas, dar refeições e acolher alunos com necessidades educativas especiais, revelou fonte sindical.
Depois de duas horas e meia numa reunião pedida pelo Ministério da Educação para a definição de serviços mínimos nas escolas enquanto decorrem as greves, Ana Baú revelou aos jornalistas que o sindicato recusou a proposta da tutela e que o assunto seguirá agora para um colégio arbitral.
"Não aceitámos. Não há acordo", disse Ana Baú, acrescentando que agora será "criado um conjunto de juízes para fazer um colégio arbitral".
A convocatória do ministério surge na sequência da apresentação de mais um pré-aviso de greve para a primeira semana de fevereiro pelo STOP, que iniciou as greves nas escolas no início de dezembro do ano passado.
Segundo Ana Baú, o ministério defendia serviços mínimos para "assegurar a abertura das escolas assim como a segurança dos alunos, as refeições e assegurar também a situação dos alunos com necessidades educativas especiais".
O STOP é contra a definição de serviços mínimos nas escolas e defende que a situação se resolverá quando houver cedência por parte do ministério às reivindicações dos professores.
Entre as exigências do STOP está a recuperação integral do tempo de serviço congelado, o fim do acesso aos 5.º e 7.º escalões, o fim da precariedade e um aumento salarial mínimo de 120 euros.
Os professores iniciaram no final de dezembro um conjunto de greves, que se mantêm com data indeterminada, tendo decorrido esta semana a terceira ronda negocial no ministério da Educação para debater um novo modelo de contratação e colocação dos professores.
Os sindicatos presentes nas reuniões foram unânimes a recusar as novas propostas da tutela e reafirmaram que irão continuar em luta.
Além a greve do STOP está também a decorrer uma greve convocada pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) e outra por distritos que foi organizada por uma plataforma de sindicatos, da qual faz parte a Federação Nacional de Professores (Fenprof).