Há milhares de pessoas a tentar fugir da guerra na Ucrânia, viajando de carro, à boleia, ou até mesmo a pé para a Polónia.
À Renascença, Ricardo Rato, professor universitário na cidade polaca de Lubin, descreve um cenário de “grande apreensão”, com centenas de pessoas a fugirem da Ucrânia com destino à Polónia.
“As pessoas fugiram de Kiev pelos meios que puderam e até a pé”, conta.
É o caso de uma aluna que está a ajudar, vinda de Kiev, e que teve que percorrer parte do percurso a pé para chegar à Polónia.
“Neste momento, as pessoas esperam horas para entrar na Polónia, mas o Governo polaco já avisou que pode demorar até dias devido ao imenso fluxo de gente que está a passar”, diz.
O professor mantém-se em contacto com vários alunos que estão na Ucrânia e conta que os relatos que lhe vão chegando são sobretudo sobre as dificuldades em sair do país e, para quem fica, as dificuldades no abastecimento.
Ricardo Rato considera que a União Europeia não tem sido branda na aplicação de sanções impostas à Rússia, mas alerta que se as sanções forem drásticas, este pode ser o despoletar de uma guerra maior quando estão em causa vidas humanas.