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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, rejeitou esta segunda-feira, na habitual conferência de imprensa de balanço dos números da pandemia da Covid-19 em Portugal, uma eventual ligação entre a abertura do ano escolar e o aumento do número de casos de infeção no país.
A mesma responsável argumentou que não se encontrou nenhuma relação 2entre essa abertura das escolas e o aumento do número de casos". Graça Freitas disse que, em primeiro lugar, porque "o número de casos nas escolas é relativamente limitado".
"Muitas vezes são casos isolados, pensa-se que a maior parte das vezes foram contraídos na comunidade e não ao contrário, não são os alunos que levam para a comunidade”, defendeu.
Em Portugal, segundo Graça Freitas,“continuamos a ter um padrão de transmissão que é eminentemente familiar e social", portanto "não temos evidência nenhuma que a abertura das escolas tenha contribuído para aumento deste número de casos”.
Regras para os lares
Já em relação ao aumento de visitas em lares numa altura de crescimento acentuado da propagação da pandemia, a diretora-geral da Saúde esclareceu: “Fomos muito claros. Condicionamos haver mais de um dia de visita às condições técnicas do próprio lar. O lar sabe se tem condições para aumentar o número de visitas".
Em cada visita, só é permitido um visitante. "E há todos os métodos que são preconizados para que se mantenha a distância física, para que se usem barreiras, protetores”, enumerou.
Graça Freitas disse que estão salvaguardadas duas situações importantes: “A primeira é que se houver um surto ou casos dentro da instituição, ficam temporariamente suspensas as visitas", enunciou.
A outra questão tem a ver com a comunidade em que o lar está inserido. "Se a atividade do vírus for muito intensa na comunidade, a autoridade de saúde também pode por medida de precaução suspender temporariamente as visitas. Numa comunidade em que o vírus circule pouco, pois manter-se-ão desde que as condições técnicas da própria instituição permitam mais do que uma visita por semana em segurança”, resumiu.
Esta segunda-feira, registaram-se mais 1949 infeções pelo novo coronavírus em Portugal e mais 17 mortes com Covid-19. Com estes números, Portugal ultrapassa a barreira dos cem mil infetados, com 101.860 casos registados desde o início da pandemia no país.
Os dados revelam também mais 966 pessoas dadas como recuperadas, o que faz aumentar em 966 o número de casos ativos no país – agora num total de 39 69.
Os óbitos ocorreram nas regiões do Norte (12), Lisboa e Vale do Tejo (3) e centro (2). Foi também o Norte que registou o maior aumento de novos casos: 987 . A região LVT conta mais 749 e a região Centro mais 133.