O Hospital Garcia de Orta, em Almada, continua muito condicionado, por causa do ataque informático de que foi alvo na passada terça-feira.
O plano de contingência continua ativado, e não há, por enquanto, uma estimativa para a normalização total dos serviços.
Em comunicado, ao início da noite de quinta-feira, o hospital dizia que não há até ao momento evidências de que os dados dos utentes tenham sido comprometidos e que está a conseguir garantir alguns serviços através de registos em suporte papel.
É o caso das primeiras consultas, das cirurgias programadas, do ambulatório, e dos exames e analises prioritários.
De resto, todos os outros serviços estão a ser reprogramados e o Garcia de Orta continua sem receber doentes urgentes por parte do Centro de Orientação do INEM.
Em comunicado, o HGO apela à população de Almada e do Seixal que, em caso de doença aguda, contacte, em primeiro lugar, a linha SNS 24, aconselhe-se com o médico assistente ou contacte o seu centro de saúde, para uma assistência de maior proximidade e celeridade.
“Dessa forma, evitam-se tempos de espera maiores nos diferentes Serviços de Urgência do Hospital, atualmente condicionados na capacidade de resposta”, lê-se no documento.
“O HGO conta com a colaboração de equipas de peritos e especialistas internos e externos, atualmente a trabalhar no plano de recuperação da infraestrutura, para restabelecer a normalidade da rede informática e dos servidores, que se prevê que seja gradual e decorra nos próximos dias. A infraestrutura do HGO é independente, não estando em rede ou sendo partilhada com nenhum outro hospital”, acrescenta o documento.
Segundo o hospital, o ataque informático de que foi alvo “decorre de um malware que se propaga de forma viral, designado ransomware”.
Já quanto ao pedido de resgate, o hospital explica que “consiste numa mensagem automática gerada pelo próprio vírus”.