D. José Ornelas sublinhou, esta quarta-feira, a atenção pedida pelo Papa Francisco à "defesa do bem das crianças", numa referência aos abusos sexuais levados a cabo no seio da Igreja Católica e que foram alvo da investigação de uma comissão independente - cujo relatório indicou que pelo menos 4.815 pessoas foram alvo de abusos desde 1950.
Na saudação de boas-vindas ao Santo Padre à oração de vésperas com os bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados, seminaristas e agentes pastorais na igreja do Mosteiro dos Jerónimos, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) salientou a Jornada Mundial da Juventude como uma oportunidade de os jovens entenderem e sonharem "o sonho de Deus", e encontrem forma de participar na sociedade.
O bispo de Leiria-Fátima enquadrou o evento como "uma ocasião de agradecer e manifestar a própria comunhão e adesão ao serviço e magistério" de Francisco, desenvolvido desde 2013 como bispo de Roma.
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D. José Ornelas salientou o "caminho de transformação pastoral" provocado pelo Sínodo, convocado pelo Papa Francisco para refletir sobre o tema da Igreja sinodal, e salientou a atenção às crianças, "com o compromisso de defendê-las de toda a espécie de abusos", tal como o cuidado da Terra.
O responsável católico também destacou o "convite a abrir-nos à «alegria do Evangelho»", para gerar "uma Igreja e uma sociedade justa e fraterna", e o apelo à Igreja em saída, para oferecer aos "excluídos do mundo" - lembrando especialmente os refugiados - "sinais evangélicos de presença, de atenção e de cuidado".
O presidente da CEP espera ainda que a JMJ faça os jovens "encontrar caminhos de participação alegre, generosa e transformadora, na Igreja e em toda a humanidade".
No final, D. José Ornelas declarou que todos pedem "a bênção de Deus" para o Papa Francisco, para que possa continuar a ser "uma bênção para todo o mundo".