A comunidade de músicos e lojistas esteve em protesto, esta segunda-feira, desde o início da tarde, na Avenida dos Aliados, no Porto, e seguiu depois em marcha até ao Centro Comercial STOP, que consideram a "segunda Casa da Música" da cidade.
Na semana passada, os residentes do STOP foram surpreendidos com uma ação de despejo por falta de licenças e segurança.
Nos últimos dias a associação de músicos tem debatido e negociado com o município para arranjar soluções.
Bruno Costa, diretor da associação Alma Stop, explica à Renascença que neste protesto querem “demonstrar o quão grande a comunidade do Stop é”.
“A comunidade não é apenas composta por músicos, mas também artistas, lojistas, negócios locais e casas culturais que beneficiam e são movimentadas por bandas do STOP”, sublinha.
Em comunicado de imprensa, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, abriu a porta ao regresso dos músicos sob condições de segurança com a presença diária dos bombeiros em horários estipulados.
Rui Guerra, presidente da associação de músicos do STOP, explica à Renascença que “é urgente o regresso ao STOP”.
Relativamente a esta solução considera que "para já poderá ser uma solução temporária”, mas que espera que seja a longo prazo frisando que “é urgente o regresso, é urgente reabrir as salas, nós precisamos”, refere.
As propostas ainda estão a ser discutidas entre as associações e o município.
A visita à escola Pires de Lima (solução apresentada pela Câmara do Porto para realojar esta comunidade de artistas) ficou adiada devido à manifestação, mas realizar-se-á durante esta semana.
A manifestação desta segunda-feira terminará de noite na entrada das instalações do centro comercial.