Seis congressistas democratas assinaram esta quarta-feira uma resolução que pode abrir caminho a um processo de impeachment do Presidente dos Estados Unidos.

Steve Cohen, do Tennessee, referiu aos jornalistas que são cinco os artigos contra Donald Trump.

Segundo este grupo de congressistas, Trump obstruiu a justiça quando demitiu o director do FBI, James Comey, que na altura liderava uma investigação sobre a alegada interferência da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas para beneficiar o candidato republicano.

Os democratas acusam também Trump de violar a cláusula de emolumentos, que proíbe funcionários públicos de receber presentes de governos estrangeiros sem o consentimento do Congresso, e a cláusula que proíbe o Presidente de lucrar no cargo.

Os democratas também acusam o republicano de enfraquecer os tribunais e a imprensa, o que, segundo eles, ameaça a democracia dos EUA.

Segundo os subscritores, Trump enfraqueceu os tribunais e a imprensa, o que “ameaça a democracia” dos Estados Unidos.

Já o porta-voz dos republicanos, Michael Ahrens, considera que os democratas estão a tentar um “esforço radical sem fundamento”. Falta-lhes uma “mensagem positiva”, acrescenta.

No processo de impugnação, primeiro, metade mais um da Câmara dos Representantes tem de votar a favor. E depois, segue-se um tribunal no Senado onde será necessário dois terços dos votos a favor da impugnação.

Os republicanos têm a maioria na Câmara dos Representantes e no Senado. Por isso, a iniciativa de Steve Cohen (Tennessee), Luis V. Gutierrez (Illinois), Al Green (Texas) e Adriano Espaillat (Nova Iorque), que apresentaram a iniciativa, apoiados por Marcia Fudge (Ohio) e John Yarmuth (Kentucky), dificilmente terá futuro.