O músico e letrista Bob Dylan vai finalmente viajar até Estocolmo para receber o Nobel da Literatura, que lhe foi atribuído o ano passado.
Na altura, o músico não compareceu na cerimónia de entrega do prémio e segundo um comunicado divulgado na altura pela Associated Press, Dylan terá dito que "gostaria de receber o prémio pessoalmente, mas outros compromissos tornam isso impossível, infelizmente".
O anúncio de que Dylan vai a Estocolmo receber o prémio Nobel foi avançada pela agência Reuters, que cita o blog da secretária da Academia, Sara Danius. "A boa notícia é que a Academia Sueca e Bob Dylan decidiram encontrar-se este fim-de-semana. Nessa altura a Academia entregar-lhe-á o diploma e a medalha", escreveu.
A atribuição do Nobel será feita na presença de um pequeno grupo de pessoas e de forma privada, sem a presença de qualquer órgão de comunicação social, sublinhou a secretária da Academia Sueca.
O músico vai aproveitar o facto de se deslocar à Suécia para um concerto e irá receber o prémio.
A Academia já tinha avisado que Bob Dylan tinha até 10 de Junho para ir receber o prémio pessoalmente, caso quisesse receber o valor monetário de cerca de 837 mil euros (8 milhões de coroas suecas) a que tem direito.
Dylan é o primeiro músico a receber o Nobel da Literatura, entregue pela Academia Sueca.
O anúncio da atribuição do Nobel da Literatura ao autor de temas como "Like a Rolling Stone" ou Blowin' in the Wind" tinha sido feito a 13 de Outubro.
O júri argumentou na altura que Dylan é responsável por "criar novas expressões poéticas dentro da grande tradição da música americana", mas a decisão criou polémica no mundo da cultura.
A Academia Sueca tentou contactar Bob Dylan por várias vezes, mas sempre sem sucesso. O artista aceitou o prémio duas semanas depois, numa entrevista ao jornal "The Telegraph".
O músico norte-americano disse ao jornalista que aceita o Prémio Nobel da Literatura e que ficou "sem palavras" ao saber da notícia. Disse ainda que, se fosse possível, iria à cerimónia de 13 de Dezembro, em Estocolmo, o que não vai acontecer.
[Notícia actualizada às 11h58]