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O Governo da Coreia do Sul anunciou neste sábado que vai usar pulseiras eletrónicas em quem desafie as ordens de quarentena, por forma a diminuir a propagação do novo coronavírus.
O Governo sul-coreano tomou a decisão depois de “um intenso debate” e face ao aumento do número de pessoas que estão a violar o confinamento, afirmou o primeiro-ministro, Chung Sye-kyun, em declarações à agência Yonhap.
A Coreia do Sul não fechou fronteiras nem limitou os movimentos dos cidadãos desde que detetou a presença do vírus, no final de janeiro, mas impõe uma quarentena obrigatória de 14 dias a todos os que tenham tido contacto direto com casos confirmados e a todos os que entram no país.
As pulseiras eletrónicas serão colocadas nos cidadãos que tenham violado as quarentenas obrigatórias e alertam as autoridades sempre que a pessoa tente retirá-la ou abandone o seu espaço de confinamento.
Quem viola a quarentena na Coreia do Sul pode também incorrer num crime de até um ano de prisão e multa até dez milhões de won (7.540 euros).
Atualmente, há mais de 50 mil pessoas em quarentena obrigatória naquele país asiático e pelo menos 160 terão violado o isolamento, segundo dados do Governo.
A Coreia do Sul está neste sábado em voto antecipado para as eleições gerais de dia 15. Os escrutínios não foram adiados.
O país conta um total 10.480 infetados, dos quais 7.243 já recuperaram e 211 morreram.
Em todo o mundo, o novo coronavírus, responsável pela pandemia de Covid-19, já provocou a morte a mais de 100 mil pessoas e infetou mais de 1,7 milhões. Os casos de recuperação são mais de 377 mil.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.