As tropas norte-americanas e as forças da coligação internacional anti-jihadista estacionadas no Iraque e na Síria foram hoje novamente atacadas com "drones" e mísseis por combatentes pró-iranianos, informou um responsável militar dos Estados Unidos.
Quarta-feira, o comando norte-americano para o Médio Oriente anunciou que tinha efetuado "ataques de precisão" em dois locais no Iraque, em retaliação aos ataques recorrentes de grupos pró-iranianos contra soldados norte-americanos e forças da coligação no Iraque e na Síria.
Os bombardeamentos norte-americanos visaram posições da Hashd al-Shaabi, uma coligação de antigos paramilitares atualmente integrados nas forças regulares iraquianas.
Os ataques mataram oito combatentes, de acordo com um relatório das Brigadas do Hezbollah, uma fação influente do Hashd.
Na quarta-feira e novamente hoje na manhã desta quinta-feira, "drones" (aparelhos voadores não tripulados) atacaram "forças norte-americanas e da coligação" estacionadas numa base militar no aeroporto internacional de Erbil, no Curdistão autónomo, no norte do Iraque, disse à AFP um oficial militar dos Estados Unidos.
Também esta quinta-feira, vários "rockets" visaram uma base no vizinho leste da Síria, onde se encontram igualmente soldados norte-americanos e da coligação internacional empenhada na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI), mais uma vez sem causar vítimas ou danos, adiantou a mesma fonte.
Alguns dos ataques foram reivindicados pela "Resistência Islâmica no Iraque", um grupo nebuloso próximo dos grupos armados pró-iranianos que reivindicam as respetivas ações nos seus canais da rede Telegram.
Washington contabilizou um total de 72 ataques desde 17 de outubro, dez dias após o início da guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas, na Faixa de Gaza, segundo um relatório atualizado fornecido pelo chefe militar norte-americano.
Segundo o Pentágono, os ataques com mísseis e com "drones" causaram cerca de 60 feridos entre o pessoal militar norte-americano.
Em represália, Washington também bombardeou por três vezes na Síria posições de grupos armados pró-Irão.