Os residentes em Portugal quase triplicaram as viagens no início do ano. Mais de 90% viajaram pelo país nos primeiros três meses, num total de 4,2 milhões de deslocações.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, no total, os residentes realizaram 4,7 milhões de viagens no primeiro trimestre, o que representa um aumento de 195,6% face ao mesmo mês do ano passado. No entanto, em comparação com junho de 2019, o crescimento é de apenas 0,3%.
Contas feitas, é visível a recuperação da Covid-19, mas o crescimento apenas igualou os números pré-pandemia.
Ainda segundo o INE, no primeiro trimestre de 2022 a grande maioria das deslocações (90,5%) foram feitas no país, o que corresponde a um aumento de 175,8% face ao mesmo período de 2021 e uma subida de 3,6%, quando comparado com 2019.
Cerca de 9,5% das viagens foram para o estrangeiro, foram um total de 443,4 mil deslocações. Depois de um longo período de restrições, são mais 846,9% do que nos primeiros três meses de 2021, quando a mobilidade estava muito reduzida.
“Estas variações devem-se às fortes restrições às deslocações no contexto pandémico no primeiro trimestre de 2021, quando as viagens tinham diminuído 55,3% em território nacional e 89,5% com destino ao estrangeiro”, justifica o INE.
“Visita a familiares ou amigos”
A principal motivação para sair de casa nos primeiros meses do ano foi visitar “familiares e amigos”. É a justificação para 2,2 milhões de viagens, mais 187,7% do que no período homólogo, e mais 4,4% do que em 2019.
O segundo grande motivo apontado para as deslocações é “lazer, recreio ou férias”. Justifica 1,8 milhões das viagens realizadas (39,2% do total), o que representa um crescimento homólogo de 342,2% (+3,0% em relação ao primeiro trimestre de 2019).
A esmagadora maioria ficou em “alojamento particular gratuito” (71%), apenas 21,9% das dormidas no primeiro trimestre foi passada em “hotéis e similares”.