A Samoa, no Pacífico, enfrenta um surto de sarampo. Às famílias que não estão vacinadas foi pedido para pendurarem uma bandeira vermelha à porta de casa como forma de auxílio à sinalização e combate à doença, que pode ser mortal.
Esta sinalização permite às equipas médicas, que se deslocam pelo país, vacinar os residentes mais vulneráveis.
O Governo local adiantou, esta semana, que mais de 4.000 pessoas estão infetadas com sarampo, num universo de 200.000.
Já morreram cerca de 70 pessoas e entre as vítimas mortais contam-se várias crianças com menos de cinco anos.
Samoa declarou estado de emergência em novembro e para combater o surto as vacinas são agora obrigatórias.
Todas as escolas estão fechadas e as crianças e jovens até aos 17 anos estão proibidas de se reunir em grupo em espaços públicos.
A vacinação "é o único antídoto"
Segundo as autoridades locais, a taxa de vacinação chegou aos 55%. O primeiro-ministro Tuilaepa Sailele Malielegaoi prometeu alcançar um valor acima de 90%.
"As nossas crianças e adultos nunca se tornarão imunes a nenhuma epidemia futura, a menos que tenhamos quase 100% de cobertura vacinal", disse o chefe de Estado, durante uma a um hospital, esta quarta-feira. "É o único antídoto", defendeu.
A Unicef enviou 110.500 vacinas para o país, e a Nova Zelândia enviou remédios, enfermeiras e equipamentos, enquanto lutava também contra um surto da doença no próprio país.
A vacina demora, em média, 10 dias a fazer efeito.
Algumas pessoas estão vendendo tratamentos falsos. Um empresário disse à emissora australiana ABC que sua "Água Kangen" - na realidade, água da torneira - poderia aliviar os sintomas.
Também as ilhas Fiji e Tonga declararam estado de emergência para combater os surtos de sarampo no último mês.
No entanto, ambos os países têm taxas de vacinação muito superiores às de Samoa- mais de 90% nos dois países - e até agora não há registo de nenhuma morte por sarampo.