A Rússia anuncia um cessar-fogo em Azovstal para permitir a continuação da retirada de civis do complexo industrial situado na cidade de Mariupol, avança a agência France Press.
Vão ser criados corredores humanitários a partir de amanhã, quinta-feira, durante três dias, entre as 8h00 e as 18h00.
Durante este período, o Exército russo garante que vai cessar toda a atividade militar e retirar os seus soldados para uma distância segura.
Entretanto, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, apela à intervenção do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para tentar salvar os feridos que estão em Azovstal, cercada há várias semanas.
A notícia é conhecida no dia em que as forças russas tentaram forçar a entrada na fábrica, onde estão cercadas centenas de civis e soldados ucranianos.
"O prefeito de Mariupol relatou fortes combates dentro da fábrica de Azovstal", revelou o jornalista ucraniano Andriy Tsapliyenko, citado pela Sky News.
" Os ocupantes estão a tentar suprimir a resistência feroz dos defensores de Mariupol. O exército de Putin está a usar todas as armas disponíveis. Os civis continuam sob bombardeamento na fábrica", relatou o jornalista.
Depois de horas em que não foi possível comunicar com as forças ucranianas na metalúrgica e de notícias de que forças russas lançaram uma ofensiva no complexo, um oficial de Kiev refere que o contacto já foi restabelecido, avança a Sky News.
Tanto civis como militares do batalhão Azov continuam dentro da fábrica, com o autarca de Mariupol a ter avançado durante o dia que a população retida conta com mais de 30 crianças.