Ricardo Quaresma agradece a Pinto da Costa ter-lhe permitido, em 2013, corrigir aquela que considera ter sido "a maior asneira da sua carreira".
"Quando fui para o Dubai tinha 29 anos, era muito novo para ir para o Dubai. Foi das maiores asneiras da minha carreira. Comecei a ver que as pessoas me estavam a esquecer. As pessoas diziam que tinha acabado, que estava gordo", recorda o internacional português, um dos convidados da Web Summit 2020.
Foi em 2012 que Quaresma deixou o Besiktas e assinou pelo Al Ahli, do Dubai, mas o que encontrou foi um deserto a nível competitivo: "Voltei à Europa e percebi que o dinheiro não é tudo na vida".
O internacional português, hoje no Vitória de Guimarães, voltou ao FC Porto para iniciar um dos grandes testes da sua carreira.
"Tenho de agradecer a Pinto da Costa que me reabriu as portas do FC Porto. Foi o maior teste que tive para demonstrar às pessoas que ainda estava bem vivo", observa.
Quaresma não foi campeão na segunda passagem pelo Dragão, de onde saiu em 2015 para voltar ao Besiktas, onde conquistou dois títulos de campeão da Turquia.
O seu regresso ao mais alto nível valeu-lhe presença na seleção nacional e na maior conquista da história do futebol português, ao sagrar-se campeão da Europa, em 2016.
Aos 37 anos, e depois de cinco épocas na Turquia, Quaresma está de volta a Portugal e assinou por duas temporadas com o Vitória de Guimarães.
Não tem feito parte das escolhas de Fernando Santos, mas o veterano não tem dúvidas de que "a seleção portuguesa tem o futuro assegurado".
"Nunca entendi porque apostávamos tanto nos estrangeiros e não apostávamos no que é nosso", defende.