Boris Johnson cometeu uma gaffe, esta quinta-feira, ao elogiar “a liderança inspiradora de Vladimir Putin”, tendo, de imediato, corrigido para Volodymyr Zelensky sem, contudo, evitar os risos dos deputados na Câmara dos Comuns.
"Graças ao heroísmo das forças armadas ucranianas, em parte graças às armas que estamos orgulhosos de oferecer, saúdo o meu honrado amigo [James Heappey] pela sua descrição do trabalho das forças armadas do Reino Unido e graças, também, é claro, à liderança inspiradora de Vladimir Putin”, disse o ex-primeiro-ministro.
Nesse momento, o silêncio na sala foi quebrado pelo pigarrear e pelos risos mais ou menos discretos de vários deputados que alertaram Boris Johnson para o engano: “de Volodymyr Zelensky, perdoem-me”, apressou-se a emendar.
Corrigido o erro, a segunda intervenção de Boris Johnson como deputado do Partido Conservador na Câmara dos Comuns, desde que deixou o número 10 de Downing Street, prosseguiu, com o antigo primeiro-ministro do Reino Unido a elogiar a coragem das forças armadas ucranianas que “estão sob crescente pressão em Kherson, no sul do país” e a manifestar a confiança de que, no final, “os ucranianos vencerão”.
No seu discurso, Johnson sugeriu que o Reino Unido esteja preparado para aumentar sua "assistência militar" a Kiev, bem como o apoio financeiro, depois de Vladimir Putin ter anunciado um reforço da mobilização militar para a Ucrânia.
"Se Putin vai duplicar a sua agressão, então nós devemos duplicar a nossa ajuda aos ucranianos e devemos estar preparados para dar mais assistência militar e mais apoio financeiro... e saúdo calorosamente os anúncios deste Governo esta semana", rematou.