RIR em campanha. "Se tivéssemos tempo de antena seríamos a quinta força política"
06-03-2024 - 23:02
 • Vasco Bertrand Franco

O partido, fundado por Vitorino Silva, o famoso "Tino de Rãs", foi o mais votado entre os partidos sem assento parlamentar nas eleições de 2022.

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O partido Reagir, Incluir, Reciclar (RIR) acredita ter a solução para desentupir as urgências. Márcia Henriques, presidente e cabeça de lista por Lisboa, diz que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) devia contratar os médicos que acabam os primeiros seis anos do curso e que já podem ser inscritos na Ordem, e colocá-los em centros de saúde com horários alargados.

A líder partidária diz que o SNS gasta mais de 160 milhões de euros anuais em empresas privadas que contratam esses mesmos jovens médicos, o que demonstra que é uma solução que resulta e, como tal, o Governo devia optar pela contratação direta.

Márcia Henriques foi ouvida pela Renascença à saída do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), em Lisboa, onde foi ouvida sobre o abate dos sobreiros em Sines para a construção de um parque eólico. O RIR tinha feito uma queixa contra o corte das árvores, uma vez que, de acordo com Márcia Henriques, “a transição energética tem de existir, mas não pode ser feita a qualquer custo”.

Para o RIR, a ecologia é um tema imprescindível e atira que “os partidos com assento parlamentar, inclusive os que têm uma conotação mais ambiental, vêm simplesmente para a comunicação social dizer que as coisas estão mal e que condenam situações, mas depois não passa disso”. Algo que a dirigente garante que o seu partido não faz pois gostam de “passar à prática”.

Márcia Henriques acredita que vão conseguir eleger pelo menos um deputado e diz que Vitorino Silva é o mais bem colocado para o fazer. A líder do RIR afirma que, se o seu partido tivesse o tempo de antena que os partidos com representação parlamentar têm, seriam “sem qualquer dúvida a quinta força política”.

Sobre cenários de governabilidade, a cabeça de lista por Lisboa afirma que, se elegerem deputados, vão analisar caso a caso, pois querem aprovar as suas políticas. O partido não põe barreiras em governos nem de esquerda nem de direita, porque não olham para ideologias, mas sim para a população portuguesa.