Veja também:
- Podcast Renascença. Em Nome do Voto
- Sondagem das Sondagens
- Eleições legislativas ao minuto
- Interativo. O perfil dos candidatos à Assembleia da República
"Se o PCP decidiu ser negacionista no que diz respeito às alterações climáticas, só demonstra que está em claro contraciclo com as preocupações dos mais jovens", afirmou a também deputada, à margem de uma visita aos Bombeiros Voluntários da Guarda.
Inês de Sousa Real respondia a perguntas dos jornalistas sobre as críticas indiretas feitas pelo dirigente comunista João Oliveira, no sábado, num comício em Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal, ao referir-se ao PAN como "criações artificiais".
"Quando nos vão aparecendo pela frente aquelas criações artificiais, que não têm adesão à realidade de ambientes e ondas, que vão concentrando, entre PS e PSD, as principais atenções, como se fossem só essas as duas únicas opções", disse João Oliveira.
Na resposta, a líder do PAN considerou que estas críticas "em nada retiram a falta de responsabilidade que a CDU" teve para "deitar abaixo o Orçamento do Estado" e colocar o país com uma "crise política em cima de uma crise socioeconómica e sanitária".
"O PAN não é, de facto, uma ficção, nem as alterações climáticas", vincou Sousa Real, salientando que o partido que lidera tem "sido o único" na Assembleia da República a assumir uma "agenda ambientalista".
Quase sempre sozinha e sem a presença de outros dirigentes ou antigos líderes do partido na campanha, Inês de Sousa Real foi também questionada sobre se está prevista a participação do anterior porta-voz do PAN, André Silva.
"Todos os filiados foram convidados para participar nesta campanha", realçou, referindo que André Silva "apanhou o comboio da paternidade" e que caberá a ele "decidir se quer participar" nas ações de campanha do partido.
Quanto aos bombeiros, a líder do PAN defendeu a valorização de profissionais e voluntários, considerando que a profissão já deveria ser considerada como de "desgaste rápido".
Inês de Sousa Real apontou ainda a necessidade de apostar na prevenção dos incêndios florestais, com políticas de preservação do ambiente e de reordenamento do território, em particular da floresta.
Inês de Sousa Real também apontou a mira ao Bloco de Esquerda (BE), que acusou estar a querer "lavar a mão" ao convidar o líder do PS para uma reunião no dia seguinte às eleições para um acordo.
No final de um dia dedicado ao interior do país, com passagens por Covilhã, Guarda e Viseu, a dirigente do PAN sustentou que, perante a crise política, "os partidos têm que ter um atitude responsável".