Os repetidos ataques russos às infraestruturas da rede elétrica na Ucrânia, deixaram as pessoas nas cidades e vilas sem eletricidade. Muitas perderam, por isso, a oportunidade de estudar e trabalhar remotamente.
No sentido de ajudar as populações, a Igreja está a disponibilizar postos de carregamento de computadores e smartphones na Catedral da Virgem de Vyshgorod, cidade perto de Kiev.
O pároco explica que neste momento difícil é especialmente necessário unir-se em torno das boas iniciativas, da comunidade e da Igreja.
“Juntos seremos capazes de trazer a vitória e a paz para mais perto do nosso povo. Não é preciso muito para isso. É suficiente apenas perceber as necessidades das pessoas e responder conforme essas necessidades”, diz o sacerdote.
E foi neste contexto que surgiu a iniciativa de colocar um ponto de carregamento de aparelhos eletrónicos perto da igreja.
“Hoje, muitas pessoas perderam a luz nas suas casas e a capacidade de trabalhar, estudar ou comunicarem remotamente com a sociedade. Para enfrentar esses desafios modernos, apenas fornecemos acesso à rede elétrica e, graças a isso, alguém poderá continuar a trabalhar e a estudar para bem do nosso povo”, realça.
Quase 4,5 milhões de ucranianos ficaram na quinta-feira sem eletricidade após os recentes ataques russos a instalações de energia no país, afirmou o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.430 civis mortos e 9.865 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.