O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, defendeu este sábado que a justiça “tem os seus tempos”, que devem ser “respeitados” e “cumpridos”, em relação à decisão que levou à libertação dos arguidos suspeitos de corrupção na Madeira.
Durante uma arruada pelas ruas de Guimarães, Rui Rocha indicou que cabe aos políticos criarem “condições para que a justiça possa fazer o seu caminho”.
“Há decisões intermédias que são contraditórias com as decisões iniciais. Há, muitas vezes, decisões finais que são contraditórias com as decisões intermédias. Isso é a justiça a trabalhar”, afirmou.
O líder liberal indica que a política tem de “dar um sinal de tranquilidade”, defendendo propostas do partido como concursos internacionais como meio de escolha de altos cargos de regulação e a simplificação de processos, eliminando burocracias que levam à corrupção.
Rui Rocha voltou a indicar que Miguel Albuquerque, constituído arguido, não tinha condições para continuar e a defender que a palavra deve ser devolvida aos madeirenses, com eleições a realizarem-se logo que possam acontecer.
Em causa estão buscas na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente, no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.