A Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) celebrou hoje os 25 anos no X Congresso e foi desafiada por D. Nuno Brás a ser voz do “país esquecido” e de quem olha de uma forma cristã a realidade.
Para o bispo auxiliar de Lisboa e membro da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais há um “país que merece ser ouvido” e permanece distante dos media, nomeadamente as regiões do interior.
D. Nuno Brás acrescentou em declarações à Agência Ecclesia que o “país cristão” é também um “país esquecido” e que tem de passar nos média de inspiração cristã.
“É necessário dar voz a esse país enorme, que está muito longe de ficar apenas pelos ambientes rurais, da pequena imprensa, mas é um o país missionário e que quer olhar de uma forma cristã a realidade”, disse o bispo auxiliar de Lisboa.
O membro da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais disse também que a imprensa de inspiração cristã “tem de se ir reinventando e revalorizando”, como em cada tempo, oferecendo um produto que “esteja de acordo com as novas tecnologias”.
A Associação da Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) celebrou os 25 anos de história no encerramento do X Congresso, que decorreu em Almada, entre os dias 26 e 28, e analisou o tema “A meio da ponte rumo ao futuro – Modelos editoriais e empresariais para a imprensa de inspiração cristã”.
Na sessão de encerramento, o presidente da direcção da AIC disse que o Congresso “representa um marco na história da associação” e desafia a “novos modelos de comunicação, de organização e de empresa”.
“Nobre tarefa que nos impele a arregaçar as mangas”, disse o padre Elísio Assunção, acrescentando que é preciso “juntar forças para travar combates que estão no terreno”.
O padre Elísio Assunção lembrou que é necessário mudar a “lei de imprensa que está ultrapassada” e que deverá responder às “questões levantadas pelas novas tecnologias”.
O presidente da AIC desafiou a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) a um papel mais activo neste âmbito e denunciou a “classificação inventada” de muitos títulos da AIC como doutrinários, que retira a possibilidade de acesso a apoios públicos.
“Não aceitamos as ilegalidades que foram cometidas e permanecem, não obstante a nossa reclamação insistente. Os serviços da ERC procederam arbitrariamente à reclassificação das publicações”, afirmou o presidente da AIC.
“A nossa missão não é doutrinar, não somos catequistas, somos comunicadores. E comunicar o facto religioso é uma missão das nossas publicações”, concluiu.