A nova campeã europeia do triplo salto em pista coberta estava muito feliz com o resultado alcançado na Polónia.
Patrícia Mamona conta, no entanto, que chegou a pensar em não participar na competição.
“Sinto-me muito satisfeita com este título. Devido a muitas situações, cheguei a equacionar nem fazer pista coberta, só estava a pensar no ar livre. Houve uma fase em que senti que tinha de provar alguma coisa. E comecei a concentrar-me nisso, que tinha de provar a mim própria, apesar de tudo o que fiz, tenho a certeza de que ainda posso fazer mais”, referiu em declarações à Federação Portuguesa de Atletismo.
Lembrando o que foi a prova, Patrícia Mamona considera que “foi um concurso muito bom”.
“Consegui estar na luta, na liderança, fui vendo elas fazerem os seus saltos, mas confesso que nem queria saber o que faziam. Só estava a saltar para ser melhor. Só sabia que tinha de fazer melhor em cada momento”, referiu.
Mamona aproveitou para deixar uma palavra especial do técnico pelo apoio constante.
“Felizmente, a competição sorriu para mim. Tenho de agradecer, especialmente ao meu treinador [José Uva], porque ele esteve sempre lá, a fazer-me acreditar em mim, nas minhas capacidades, bem como a algumas pessoas que me conhecem bem e sabem da história toda, que me apoiam a 100%”.
A atleta do Sporting conseguiu o seu melhor resultado de sempre em pista coberta (14,53 metros). “Uma marca que estava a buscar há muito tempo e agora aconteceu. Esta foi uma competição muito forte. Sem dúvida, esta competição transformou-se numa grande lição de vida. E levo daqui mais determinação para uma época importante na minha carreira”.
Patrícia Mamona, de 32 anos, conseguiu a sua quarta medalha em grandes campeonatos, sempre no triplo: em 2016 foi campeã da Europa absoluta, depois de ter sido prata em 2012, e em 2017 foi vice-campeã em pista coberta.