A Cáritas Portuguesa considera que a campanha ‘Partilhar a Viagem’, que foi lançada pelo Papa em setembro de 2017 e culmina, oficialmente, no domingo, Dia Mundial do Refugiado, foi uma oportunidade “para promover a conscientização sobre a difícil situação enfrentada pela população deslocada em todo o mundo, como resultado de perseguições, conflitos, violência ou violações dos direitos humanos”.
Em Portugal, a campanha contou com o apoio da Conferência Episcopal Portuguesa e foi, segundo a instituição da Igreja, “uma oportunidade de desafiar a indiferença”.
“Em todo o país criaram-se oportunidades de encontro e, sobretudo, de acolhimento, contribuindo, assim, para a construção de comunidades mais fortes e sociedades mais inclusivas”, realça a Cáritas, em comunicado enviado à Renascença.
Para assinalar o encerramento da campanha, a Cáritas convida a acender uma vela e deixar uma mensagem de esperança, lembrando que cada pessoa que sai do seu país tem “uma motivação que, em muitas situações, o ultrapassa e que o acolhimento deve ser o primeiro gesto de quem o recebe”.
De acordo com a instituição da Igreja, as mensagens vão ser recolhidas num livro que vai ser oferecido ao Papa Francisco, “que acompanhou a campanha da Cáritas nas suas etapas mais importantes e significativas”.
Nos últimos três anos, a Cáritas Portuguesa, juntamente com mais 11 Cáritas Europeias, dinamizou o projeto MIND (Migrações, Interligação e Desenvolvimento), tendo promovido várias iniciativas com destaque para a exposição itinerante ‘Migrações e Desenvolvimento’, com o objetivo de desafiar o público “mais jovem a refletir sobre o fenómeno das Migrações e a sua relação com o desenvolvimento humano integral”.
Segundo a Cáritas Portuguesa, “esta iniciativa contou com o apoio do Alto Comissariado para as Migrações, da Obra Católica Portuguesa de Migrações e da Fundação Secretariado Nacional da Educação Cristã e chegou a mais de 30 mil jovens em todo o país”.
A campanha global “Partilhar a Viagem”, promovida pela Caritas Internationalis, sobre a cultura do encontro no contexto da migração global, foi lançada pelo Papa Francisco no dia 27 de setembro de 2017.
Até ao momento, foram percorridos 600 mil quilómetros nos cinco continentes, num gesto público em defesa dos migrantes e refugiados.
Ao encerrar o projeto, do qual faz um balanço “extremamente positivo”, a Cáritas Portuguesa apresenta o documentário Casa Comum, onde se cruzam diferentes olhares sobre a realidade das migrações em Portugal.