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Mais de uma centena de pessoas manifestaram-se esta segunda-feira, em Lisboa, contra a legalização da eutanásia e a falta de debate. O Presidente da República foi desafiado a manifestar a sua posição.
Os manifestantes concentraram-se em frente à Assembleia da República para chamar a atenção para os perigos de tornar a eutanásia legal.
O socialista Cláudio Anaia lamentou a postura do seu partido e desafiou o Presidente da República a dizer o que pensa a questão.
“Eu queria fazer um desafio ao senhor Presidente da República. Eu conheço o professor Marcelo Rebelo de Sousa, já fez campanha comigo em referendos pela vida no passado e queria saber a opinião dele. O professor Marcelo Rebelo de Sousa tem uma maneira muito própria de ser e de estar na vida política, de proximidade e de afectos, e nós gostávamos de saber qual é a opinião dele sobre esta matéria”, apela Cláudio Anaia.
Sofia Guedes, do movimento Stop Eutanásia, que organizou esta iniciativa, chama a atenção para importância de trazer este tema para as ruas.
“É importante perceber que nós somos seres vivos, somos dotados de vida e movimento e nada como mostrarmo-nos, estarmos e falarmos uns com os outros. A opinião pública não sabe [muito sobre eutanásia] e este tema está a ser muito abafado”, alerta Sofia Guedes.
Pedro Vaz Patto, presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, também considera que é preciso quebrar o silêncio.
“A vida humana é inviolável, diz a Constituição, e com a proposta de lei de legalização da eutanásia é posto em causa esse princípio. Temos que reagir a isto, perante uma situação destas não é o silêncio e a indiferença que nos é pedido. É necessário manifestar a ideia de que a morte provocada não é resposta para o sofrimento e para a doença”, defende Pedro Vaz Patto.
A manifestação contra a eutanásia terminou na basílica da Estrela onde os participantes estiveram em vigília.