Faria de Oliveira está tranquilo com as notícias que dão conta da investigação da Polícia Judiciária aos empréstimos problemáticos na Caixa Geral de Depósitos.
As notícias, avançadas dada esta sexta-feira pelo "Jornal Económico", dizem respeito a decisões no banco público, sobretudo a partir de 2005, que podem ter prejudicado a economia.
Questionado pela Renascença sobre o caso, ex-presidente da Caixa, Faria de Oliveira, garante estar tranquilo.
“Estou completamente tranquilo. Durante o meu mandato não deve encontrar um único caso de empréstimo problemático”, insiste.
Fernando Faria de Oliveira liderou a Caixa Geral de Depósitos entre Janeiro de 2008 e Julho de 2011.
O "Jornal Económico" noticiou esta sexta-feira que o Ministério Público e a Polícia Judiciária estão a investigar empréstimos problemáticos na Caixa Geral de Depósitos. Em causa estão suspeitas de gestão danosa desde o ano 2000.
As suspeitas incidem, sobretudo, sobre actos de gestão relacionados com créditos concedidos durante 2005 e 2010, os anos dos governos liderados por José Sócrates, mas, no total, está a ser investigado todo o período entre 2000 e 2015, abrangendo quatro administrações da Caixa.
Já a 23 de Setembro deste ano, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou “a existência de inquérito onde se investigam factos relacionados com a CGD”.
Sobre o inquérito que terá sido aberto no início deste ano por suspeitas de prática de gestão danosa entre os anos de 2000 a 2015, a PGR não adiantou, na altura, se está em investigação algum negócio específico nem qual o período abrangido.
O banco possui 2,3 mil milhões de euros em risco por empréstimos concedidos com garantias frágeis. Só as imparidades registadas nos nove maiores devedores da CGD chegam aos 912 milhões de euros. Entre os maiores devedores estão os grupos grupo Artlant, Espírito Santo, Lena e Efacec e o angolano António Mosquito.