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Quase 32 mil empresas portuguesas já se candidataram ao “lay-off” simplificado, mecanismo de salvaguarda dos postos de trabalho posto em prática para apoiar as empresas durante a pandemia de Covid-19, segundo um balanço feito este sábado pelo Governo.
O número de trabalhadores por conta de outrem declarado em fevereiro pelo conjunto das 31.914 empresas candidatas ao “lay-off” corresponde a um universo de 552 mil trabalhadores, adiantou o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), em comunicado.
A maioria das empresas candidatas ao apoio laboram nas áreas de alojamento e restauração, reparação de veículos e indústrias transformadoras, especifica-se no documento, que refere ainda que a maior parte dos pedidos surge de microempresas, com 10 ou menos trabalhadores (cerca de 74%), e de pequenas empresas, com menos de 50 trabalhadores (cerca de 20%).
Tendo em conta as zonas geográficas, a maioria dos pedidos surge em Lisboa e Porto, que, juntos, somam quase 14 mil, dividindo-se os restantes por Braga, Aveiro e Faro.
O mecanismo de “lay-off” simplificado - adotado no contexto excecional da pandemia de covid-19, que já causou 266 mortos e infetou mais de dez mil pessoas em Portugal - apoia as empresas a troco de não fazerem despedimentos.
Em março, indicou o MTSSS, foram comunicados 59 processos de despedimento coletivo (face aos 36 declarados em fevereiro), abrangendo 843 trabalhadores.
No mesmo comunicado, o MTSSS comunica que os números oficiais de desemprego relativos a março serão conhecidos a 20 de abril, adiantando que "os dados preliminares apontam para um aumento marginal", face aos dados de fevereiro, com mais "cerca de 28 mil pessoas desempregadas", aumentando o número total para cerca de 321 mil pessoas desempregadas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 60 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 266 mortes, mais 20 do que na véspera (+8,1%), e 10.524 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 638 em relação a sexta-feira (+6,5%).
O país, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00h00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.