O líder do Partido Popular, Alberto Núñez Feijóo, pediu esta manhã a Pedro Sánchez, presidente de Governo em exercício, que facilite sua a sua investidura a 26 e 27 de setembro.
No sentido de evitar repetir eleições em quatro meses, Feijóo propôs um mandato de 24 meses com vista a empreender as reformas necessárias para o país, que se centram em seis pactos de Estado (territorial, regeneração democrática, estado social, saneamento económico, famílias e água). No final dos dois anos de governo, seriam realizadas eleições gerais.
Segundo a imprensa espanhola, Sánchez recusou-se a apoiar a investidura e a proposta de Feijóo.
Na visão do presidente do Partido Popular, só existem duas opções depois das eleições e da sua tentativa de investidura a 26 de setembro: “um pacto de dois anos entre o PP e o PSOE”, ou “a governabilidade de Espanha permanecer nas mãos dos independentistas cujas propostas são conhecidas por aprofundarem a desigualdade de alguns espanhóis”.
Por sua vez, segundo relataram fontes do PSOE ao jornal El País, Sánchez propôs a Feijóo o compromisso de renovar o Conselho Geral da Magistratura - órgão judicial cuja liderança está indefinida desde o final de 2019, antes de 31 de dezembro.
Pedro Sanchez e Alberto Núñez Feijóo reuniram-se, esta quarta-feira de manhã, durante uma hora nas cortes espanholas. Após a reunião, o presidente em exercício reúne-se com o Executivo do PSOE, em Ferraz.
Já o líder do PP promoveu uma conferência de imprensa em que reconheceu que o “resultado da reunião era evidente”, lamentando que “o PSOE não tem interesse numa investidura entre partidos constitucionalistas”.