Veja também:
O cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, dirige uma mensagem aos portugueses em que elogia “a dedicação e coragem” dos profissionais de saúde e de todos os trabalhadores que asseguram que o Portugal não pára apesar da pandemia de coronavírus.
“Depois da nota que vos escrevi há dias e das indicações da Conferência Episcopal Portuguesa sobre a suspensão da Santa Missa com povo, volto ao vosso encontro com sentimentos e palavras de muita companhia e grande estima”, começa por escrever D. Manuel Clemente.
O cardeal patriarca agradece “a dedicação e coragem” dos profissionais de saúde e de todos os que nos vários serviços públicos, sociais ou privados “trabalham diretamente para prevenir e debelar a presente pandemia” e garante-lhes “o nosso apoio como concidadãos e a nossa oração como crentes”.
A carta dirige-se também aos sacerdotes e partilha “com cada um deles a profunda tristeza de não poder celebrar com a generalidade dos fiéis a Liturgia Quaresmal que se previa, tão forte e espiritualmente fecunda”.
D. Manuel Clemente compara “as presentes limitações, requeridas pelo bem de todos”, aos “momentos mais solitários de Jesus Cristo” e agradece “a criatividade com que tantos sacerdotes, diáconos e outros agentes pastorais têm usado as possibilidades mediáticas para acompanhar o Povo de Deus”.
Face às múltiplas iniciativas de oração que têm surgido nas famílias e noutros pequenos grupos, o Patriarca pede persistência e recorda “como nalgumas partes do mundo, atingidas por calamidades naturais, bélicas ou sanitárias e mesmo com a presença sacerdotal interrompida ou muito condicionada, as comunidades e famílias persistiram na oração”.
Pede ainda “solidariedade com os enfermos, com as suas famílias e com os que estão na primeira linha do combate à pandemia” e deixa a sugestão para se invocar, no próximo dia 19, a proteção de São José e, no dia da Anunciação, a 25 de março, a bênção da Mãe do Céu, “Saúde dos Enfermos”.