Milhares de organizações e leigos católicos estão a acompanhar a COP26 com diversas iniciativas mundiais, em resposta ao apelo do Papa, para que sejam tomadas medidas urgentes e decisivas que possam responder ao problema das alterações climáticas.
Numa carta aberta dirigida aos líderes mundiais, o 'Movimento Laudato Si' afirma que "mais de 100 mil fiéis dos seis continentes e 430 organizações católicas, representando coletivamente centenas de milhares de católicos, apoiaram o apelo do Papa Francisco assinando a petição 'Planeta Saudável, Pessoas Saudáveis' ".
Esta é uma das diversas iniciativas que estão a acontecer em todo o mundo.
Nos próximos dias 5 e 6 de novembro decorrerá uma vigília global de 24 horas pelo clima e a 'Rede Casa Comum' adianta que em Portugal também se vão associar à iniciativa que se realiza em Glasgow, na Escócia, num evento a ter lugar no Centro Universitário dos Jesuítas em Lisboa (CUPAV).
No dia 6 realiza-se uma caminhada, com início na Praça Martim Moniz, em Lisboa, a partir das 15h00.
A Associação 'Casa Velha – Ecologia e Espiritualidade', em Ourém, vai rezar o Terço pela COP26 com o Santuário de Fátima, nos dias 10 e 26 de novembro, às 18h30, na Capelinha das Aparições.
"Unir mais para dar mais voz e corpo" a esta preocupação ambiental, pelo planeta e as pessoas que mais sofrem com o clima, é o propósito desta associação que divulgou outras iniciativas, com o propósito que mais instituições e organizações também adiram, para além das suas atividades particulares.
Também a Confederação Internacional da Cáritas fez um apelo a favor dos pobres e dos refugiados climáticos, exigindo a intervenção dos responsáveis internacionais que participam na COP26.
No último dia da Cimeira do Clima, está prevista uma oração, "transmitida em espanhol com tradução simultânea em inglês, português e italiano", pelas 17h00 de Madrid, menos uma hora em Lisboa.
Dias antes do início desta cimeira, 72 instituições religiosas de vários países comunicaram o seu compromisso para desinvestir em combustíveis fósseis, num total de "4,2 mil milhões de dólares em ativos combinados sob a sua gestão", sendo este o "maior anúncio de desinvestimento conjunto de todos os tempos".
Esta foi uma resposta ao apelo do Papa Francisco e de outros líderes religiosos dirigidos aos governos globais para abordar a "crise ecológica sem precedentes", mostrando que o "número crescente" das instituições responde à recomendação do Vaticano para um desinvestimento de combustíveis fósseis e um investimento em soluções climáticas.