O Parlamento da Venezuela, controlado pela oposição, declarou este sábado, que o novo mandato de Nicolás Maduro é ilegítimo.
Os deputados classificaram o presidente de "usurpador".
No entanto, a decisão é simbólica, porque desde Hugo Chávez que a Assembleia Constituinte, eleita após eleições realizadas em 2017, é um órgão hierarquicamente superior ao Parlamento, eleito em 2016.
"Reafirmamos a ilegitimidade de Nicolás Maduro (...). A partir de 10 de janeiro estará a usurpar a Presidência e, consequentemente, esta Assembleia Nacional é a única representação legítima do povo", disse o novo presidente do Legislativo, Juan Guaidó, após tomar posse do cargo.
Maduro, de 56 anos, foi reeleito no dia 20 de maio depois das eleições antecipadas pela Assembleia Constituinte, órgão na prática substituiu o Parlamento.
Foi eleito com 67,8% dos votos, segundo os contestados resultados oficiais — acumulando todos os poderes e com o controlo quase absoluto das rédeas do país, embora este esteja a sofrer a maior crise económica e social de que há memória no continente e a maior diáspora da história latino-americana.