A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu esta segunda-feira que o ministro das Finanças não tem condições para continuar no cargo, e acusou o Governo de "conviver bem" com o "regime de privilégios" existente no Conselho de Administração da TAP.
"Não creio que na verdade haja condições para continuar um ministro que não quis saber o que se passa numa das empresas mais importantes do país", afirmou Catarina Martins.
A coordenadora do BE, que falava aos jornalistas à margem de um encontro com os trabalhadores do café Embaixador, no Porto, considerou estranho o silêncio do primeiro-ministro, António Costa, e inexistência de explicações sobre "como é possível haver um regime de privilégio" na companhia aérea portuguesa.
"Não está nada explicado e uma demissão não apaga o problema. Existe aparentemente um regime de privilégio no Conselho de Administração da TAP, uma empresa pública e que precisa de financiamento público, cortou salários e despediu, e ainda ninguém explicou como é que nesta empresa é possível haver um regime de privilégio em que um administrador que sai pode levar mais de meio milhão de euros", salientou.