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O Presidente da Polónia, Andrzej Duda, pede que o resto da Europa abra as fronteiras em resposta à crise dos refugiados ucranianos, após a invasão por tropas da Rússia.
Andrzej Duda alertou que, segundo especialistas, a invasão russa pode originar a fuga de até cinco milhões de refugiados, não apenas na Polónia, mas também na Roménia e na Hungria, que fazem fronteira com a Ucrânia.
Em declarações ao programa “Sunday Morning” da televisão pública britânica BBC, Duda afirmou que a Polónia pode receber até 2,5 milhões de ucranianos.
Segundo o Presidente polaco, estamos perante a “maior crise desde a Segunda Guerra Mundial, definitivamente”.
Só a Polónia, desde o início da invasão russa, já terá acolhido cerca de 1,5 milhões de pessoas.
O Presidente polaco agradece profundamente aos seus compatriotas realçando que até hoje ainda não foi construído qualquer campo de refugiados.
“Imaginem que 1,5 milhão de refugiados cruzaram a fronteira polaca e não construímos um único campo de refugiados porque todos eles foram aceites em casas particulares, em hotéis, em pensões, em motéis e em complexos turísticos", assinalou Duda.
Já no domingo, o ministro das Relações Exteriores da Moldávia, Nicu Popescu, havia afirmado que mais de 328.000 refugiados da Ucrânia - incluindo 48.254 menores - chegaram ao país desde o início da ofensiva da Rússia na Ucrânia.
Também o secretário de Estado para a Igualdade do Reino Unido, Michael Gove, anunciou no domingo um novo programa, "Casas para a Ucrânia", que permitirá que indivíduos, instituições de caridade, grupos comunitários e empresas ajudem pessoas que escapam da guerra.
Os britânicos que oferecem alojamento a pessoas que fogem da Ucrânia através do novo programa receberão um subsídio de 417 euros (350 libras) por mês.
Os ucranianos poderão permanecer no Reino Unido durante três anos, com direito a trabalhar e a aceder a serviços públicos.
Até agora, mais de três mil vistos foram concedidos a ucranianos que procuram refúgio no Reino Unido.